quinta-feira, 25 de março de 2010

Ligeiramente.


“Ligeiramente irritada, alguma coisa de estressada.



Fatidicamente cansada, levemente agoniada.



Visivelmente entediada.



Uma ponta desinteressada.


 



Assim, ligeiramente carente.



Um “tantinho” descontente.



Suavemente incomodada.



Delicadamente ameaçada.







Desesperadamente procuro.



Inexplicavelmente perco.



Ligeiramente vejo.



Precipitadamente esqueço.







Um bocado feliz.



Ansiosamente risonha.



Inusitadamente atrevida.



Irresistivelmente divertida.







Ligeiramente complicada.



“Poucamente” exagerada.



Estranhamente equilibrada.



Incompreensivelmente fascinante.







Com as pontas dos dedos no chão,



Cabeça nas nuvens.



Voo ligeiro e sagaz.



Amor fugaz.







Ligeiramente apaixonada.



Incrivelmente desapegada.



Repentinamente sequestrada.



Obviamente encantada.”

Thalita Clemente.



terça-feira, 16 de março de 2010

Autorretrato.


"Cabelos bagunçados. Presos ou soltos. Sempre desalinhados.

Sobrancelhas levemente atacadas conforme o humor.

Olhos profundos... melancólicos. Olhar pensativo... penetrante.

Nariz afilado... ou não! Pouco arrebitado. Olfato aguçado.

Lábios desenhados. Boca pedinte. Sorriso ingênuo e arrebatador.

Semicovinhas e cicatriz no queixo.

Perfil de artista... talento de escritora... alma teatral.

Pensamentos infantis... desejos pueris.

Reações extremistas.

Dependente de ser independente.

Revestida de aço.

Recheada de algodão.

Ideias a mil e raciocínio rápido.

Divagações ao longo do dia – vãs filosofias.

Música imprescindível para o corpo e para alma.

Contentamento intenso e espontâneo... felicidade compartilhada.

Alegria, por vezes, falsa é a tristeza sempre disfarçada.

Assim, de polo a polo, se constitui. Faz e desfaz. É".

Thalita Clemente

quinta-feira, 11 de março de 2010


Querido Diário,

Em ti escrevo por saber que ninguém mais há de me ouvir como tu. Não há (humanamente falando) quem possa compreender tamanhas dúvidas e desejos...


Sinto falta de coisas que nunca tive. Uma angústia desesperadora por SER. Reconheço que sou um ser humano em construção, interminável. Sendo assim, não poderia, jamais, me conformar com situação alguma.

Ah... parece que os sonhos estão evaporando diante de mim. Quando eu acho que algo vai dar certo, o “trem” desanda todo. Até entendo que alguns planos sejam alterados... pois, às vezes, a mudança ocorre para melhor. Mas quando tudo sempre dá “errado” me parece frustrante... arrasador.


Estou contente, embora o tom dado aos meus “posts” sejam sempre melancólicos. Tenho me distraído, estou quase concluindo uma das faculdades, estou super feliz com o que estudo na outra, não estou trabalhando (não tanto como antes) e tenho como me manter – pelo menos até junho dá – rsrsrs. Sabe, sei que tudo o que acontece na minha vida é oriundo de um plano superior.


Acontece que muitas coisas que eu gostaria de ter me têm sido negadas. O porquê disso eu desconheço, mas aceito. Não de bom grado, mas consigo tolerar. Difícil mesmo é falar para o meu corpo o que a mente já processou. São coisas distintas.

Não sei a quem dar ouvidos. Se à razão... se ao coração. Se ao corpo... se à alma. Gostaria de saber qual rumo devo dar à minha vida. Será que o que eu tenho feito me levará aonde eu quero chegar? Existe algum atalho para me fazer chegar logo ao meu destino? Não aguento mais caminhar. Parece que estou em meio ao deserto, dando voltas e voltas; sedenta, meu corpo já não suporta o percurso. Preciso da minha água... da minha salvação.


É provável que eu, sozinha, tenha de descobrir o caminho da saída, que eu tenha de criar meus próprios meios para chegar aos fins que eu quero. Para isso, terei de tomar decisões... importantes decisões. É... quando chegar a hora, eu saberei (assim espero).


quinta-feira, 4 de março de 2010

Espera Cega.

Nada pior que esperar por algo que não se sabe o que é. Espero por não haver alternativa, por ser opção menos pior. Espero pelo desconhecido. Espero por tempo indeterminado. Enquanto espero, vivo de sonhos. Alimento minhas esperanças com minha fértil imaginação.

Se, ao menos, eu soubesse pelo que esperar... Se, pelo menos, houvesse um prazo máximo para essa fila de espera. Saber “para quando” esperar seria mais fácil... cuidaria de outras coisas da vida, enquanto o que espero não chega. Mas eu saberia o momento de parar minhas outras atividades e me dedicar, quase que, exclusivamente ao meu “objeto” de espera.

Ah, quem dera já conhecer o esperado. Se ele não me fosse desconhecido não me seria tão complicado – uma vez que não me confundiria ao encontrá-lo. Teria plena certeza. Não me deixaria levar por outros seres, os quais tentam minar minha mente. Se o que espero não fosse apenas fruto dos meus pensamentos, se eu soubesse, de fato, como é... ah, eu poderia descansar. Seria fácil detectá-lo quando chegasse à minha frente.

Uma espera cega é desesperadora. Desorientada, me perco em alguns caminhos que me parecem certos. Afasto-me das vias que me assustam... mas nem por isso me levariam ao mal. Cega... me deixo ficar. Cega... sigo a multidão. Cega... cometo erros infantis.

Poderia essa espera ter fim? Conseguiria voltar a enxergar o caminho? A venda dos meus olhos precisa ser arrancada para que eu o contemple. Que eu contemple o meu “objeto” esperado. Em tão árdua espera.

Uma espera cega que me traz agonia. Cega... surda... e muda – já canta Shakira. Desorientada. Incomunicável. Quero ver, ouvir, falar: Já não agüento ter que esperar.

Um dia, quem sabe... Hei de encontrar o que tanto busco. Talvez ande muito para vê-lo. Talvez, apenas abra os olhos e estará à minha frente. Por enquanto... sigo de olhos vendados e mãos atadas.

Ainda na espera cega. Na tormenta cega. Entretanto, é melhor ter de esperar... Ainda que não saiba pelo que espero, por quem espero, nem para quando espero. Sei que será especial. E prazer efêmero algum há de me desviar dessa espera.

terça-feira, 2 de março de 2010

Então...




Agora me diga se a ordem dos fatores não altera o produto.



segunda-feira, 1 de março de 2010

Eu quero Alguém!

“Quero alguém que fale pouco, mas que com seu silêncio possa me dizer muito.

Quero alguém que não me faça promessas, mas que com pequenos gestos demonstre o amor.

Não quero alguém que enxugue as minhas lágrimas, mas sim alguém que não me faça chorar.

Não quero alguém que me faça cobranças, mas alguém que me auxilie e compreenda.

Não quero alguém perfeito, mas uma pessoa que se faça "perfeito".

Quero alguém que note as minhas qualidades, mas que também aponte os meus defeitos.

Só quero alguém que me ame... E, principalmente, alguém que se deixe ser amado!!!

Só quero alguém que goste de viver a vida de forma simples, mas cercada de muito amor e carinho. E, acima de tudo, com muita sinceridade e respeito.

Quero alguém que, assim como eu, acredita no amor verdadeiro".









(esse texto é velho: copiei de alguma comunidade e fiz algumas adaptações de acordo com os meus critérios :p)