quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ladrões!

Sugiro que se faça uma nova lei.
Recomendo que a lei se faça valer.
A lei de que é proibido roubar.
Existem aqueles que roubam sem a menor necessidade.
Aqueles que se apossam do que, de direito, é de outrem.
Más intenções.
Inveja.
Abuso de poder e força.
É proibido roubar!
Há ainda aqueles que roubam de nós as coisas que pensávamos estar bem seguras... guardadas.
Tem uns que conseguem, ainda que sem querer, tirar de nós aquilo que temos de mais precioso.
Ladrões de sonhos!
São aqueles seres mesquinhos que se apossam de nossos sonhos e os convertem em realidade.
Realidade da qual não participo.
O sonho é meu!
Devolva-o!
Ladrões desprezíveis e desalmados.
E agora... o que sonhar?
Roubadores de alegrias e esperanças.
Furtadores da magia e do encanto de viver.
Ladrões!
Ladrões do sonho alheio.
São aqueles que sem você se dar conta está tendo a vida como fora planejada por você, como um dia você se imaginou estar. São aqueles seres maquiavélicos que parecem que passaram toda vida tentando te usurpar.
Ladrões do brilho dos meus olhos!
Devolva-me todos os meus romances.
Volte à sua vida relegada à insignificância.
Eu te dotei de sentido, eu te sonhei, mas sonhei em mim, pra mim!
Largue o que tirou, abruptamente, das minhas mãos!
Destruidores de pensamentos.
Interesseiros, roubadores.
E eu que, inocentemente, lhes contava meus planos.
Já não falo... sussurro!
Ladrões... miseráveis...
É proibido roubar sonhos!
 

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Descoberta.

Nua. Revelada.
Pelos cantos da cidade ando amedontrada, cabisbaixa.
Destapada. Anestesiada.
Respondo inerte aos chamamentos que fazem de mim.
Desvinculada. Desarticulada.
Incoerente em cada sentimento, em cada ação.
Atada. Impedida. Repelida.
Sensação de ser não-querida em vosso meio.
Coração doendo, garganta seca.
Nós.
Desatem-os... 
Aprisionada. Questionada. Envergonhada.
Arrependida. Cansada.
Impaciente, sonho com o amanhã.
O porvir ainda cheio de esperança e sonhos.
Enrolada. Desconsolada.
Insegura do que crê, insegura do viu.
Acho que estou beirando à loucura mais sã que já existiu.
A simples dor da ferida que dói e não se sente.
Um caminhar solitário entre a gente.
O nunca contentar-se de contente.
Descoberta de minha armadura habitual.
Descoberta de minha falsa fortaleza.
Descoberta dos sentimentos disfarçados.
À tona, a sensibilidade juvenil da menina que ainda escreve em seu diário mental.
Os choros dramáticos da adolescente sentimental que não se entende.
Perdida. Surpreendida por mim mesma.
Desatada do meu pudor,
Choro copiosamente.
Desarticulada, já perdi toda a atenção.
Inconformada e perturbada.
Descoberta de meus medos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Sem.

Criatividade.
Vontade.
Inspiração.
Razão.
Nada me motiva a escrever.
Tempo.
Memória.
Imaginação.
Delírio.
Falta-me a tinta para mover minha pena.
Ideias.
Lógica.
Precisão.
Desespero.
Não consigo criar nada.
Emoção.
Segredos.
Fábulas.
Relatos.
Sem enrolar: nada interessante a postar.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Particularidades...

Escrevendo de mim... para mim.

[[off]]


Meu diário íntimo... privativo!
  

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Imaginação!

Querido diário,

não sei bem o quanto é bom ter uma imaginação tão fértil assim. Basta-me jogar uma semente e regar com 3 gotículas e pronto: floresce uma frondosa e imensurável árvore de pensamentos e suposições.

Ah, palavras e gestos me servem de adubo para alimentar minha "maldita" imaginação. Até quando terei que cantar aquela musiquinha (o diminutivo não é em tom depreciativo, ok?!) do Reik (♫ "estoy harto de imaginar" ♫) ?

Alguém pode me dizer por que algumas coisas ficam gravadas na minha mente... e que não há borracha, "liquipaper" nem laser que remova? Está aqui cada marquinha de pensamento e ilusão.

Agora, mais uma vez, me aprontam uma dessa. Aiaiaiai... mas que dom é esse que as palavras têm... e exercem tamanho poder sobre mim?

Ah, imaginação... pra que te quero?!
Sim, é bom ter todos os sentidos aguçados, capazes de formular diversas hipóteses.
Não... é ruim ter de se contentar com o plano do irreal, da (im)possibilidade.

Se não fossem por tantos pensamentos e divagações, talvez não estivesse assim... ("assim como?", eis a sua dúvida. Siga com ela...).
Já não me importaria de apenas viver e deixar-me viver. Mas como isso é possível se trabalhando para mim (ora contra, ora a favor) existe uma imaginação muito da impertinente, e até inconsequente... que teima em ter razão?!

- Filha, você é Imaginação!!! Se toca, cara...

Acham que ela me dá ouvidos?! ... surda! Demente... inconsciente! Vai longe... e depois volta, como se meu coração fosse de elástico e conseguisse ficar exatamente como quando saiu acompanhando os desvarios mentais dessa tal Imaginação.

Para complementar a ideia do post anterior, a canção que se aplica bem é:

♫ Às vezes, no silêncio da noite, eu fico IMAGINANDO nós dois. Eu fico ali SONHANDO acordado juntando o antes, o agora e o depois... Por que você me deixa tão solto? Por que você não cola em mim? 'tô me sentindo muito SOZINHO! Não sou nem quero ser o seu dono... é que um carinho, às vezes, cai bem. Eu tenho meus desejos e planos SECRETOS... ♫
 

 

sábado, 11 de setembro de 2010

Sozinha...

Sei lá... torço tanto pro final de semana chegar e quando ele, finalmente, chega, eu não tenho nada para fazer.

Lamentável.

Tenho me sentido sem amigos, sem gente querida. Talvez seja carência, mas acho que não é isso.
Um sentimento de recusa, de "preterimento" (se é que essa palavra existe... e se existe, se é que estou fazendo seu uso correto). Não sei bem. Tenho estado tão submersa nos estudos que já não sei se é bom ou mau estar fora da realidade que teima em me cercar.

Às vezes, penso nas inúmeras possibilidades que me rondam... e nas inúmeras vozes que me dizem que não devo abraçá-las. Cogito também as impossibilidades às quais me tenho submetido, as impossibilidades que atravancam minha, possível, felicidade. 

Facilidade - Felicidade

Palavras tão próximas e, ao mesmo tempo, tão distantes.

De todo o tempo que passo sozinha, e pode ter certeza que é um bom tempo (até naqueles em que estou cercada de "gentes" - ¬¬), questiono-me acerca da minha aparente solidão. Solidão? Aparente?
Já não o sei.

As questões por mim suscitadas carecem de respostas. As respostas vagam e divagam em torno de mim, fazendo-me de tola e eu fazendo-me diante delas de surda.

Sozinha...
há quem diga que "antes só que mal acompanhada". Confio piamente nisso. Mas ficar "só" machuca. Adoece!

Sozinha...
porque não quero quem encontro. Os que encontro não me querem. E os que me querem e eu encontro, se desencontram (será proposital? então não me querem?)

Solidão, maldita palavra que vem acompanhada da tristeza, da melancolia.
Solidão, substantivo capaz de adjetivar-me pelo olhar.
Ah... solidão. Por que não te convertes em solidez? Necessito-te sólida, firme... para quebrar-te.
Ah... solidão. Por tua liquidez me liquidas... me encharcas com toda tua lamúria. Esvai-te entre meus dedos, mas entranha-te em meus cabelos.
Ah... solidão. De todos os maus sentimentos é o que mais me cansaste, o que mais me lastimou.

De solidão, só quero a inspiração da composição das rimas pobres que terminam em "ão".
 

 

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Feriadão...

adoro essas coisas de feriado, como já lhes disse anteriormente.

Consegui arrumar meu quarto \o/
Li mais algumas coisas... \o/
Estudei Bechara \o/
Não li o tal do Mattoso Câmara =/
Não fui à praia =( 
(onde já se viu comparar praia a Mattoso Câmara... o.O)

Enfim... depois da minha arrumação "quartal", percebi que não tinha pagado (sim, é particípio REGULAR, ok?!) a conta da Claro - internet 3G - referente ao mês de agosto. É que com aquele "corre-corre" de levar documentação pro novo trabalho, ela foi a conta que me serviu de comprovante de residência. Aí acabei guardando e esquecendo de pagar. O mais interessante é que a Claro (usando-me de toda a personificação possível) não me ligou para avisar desse débito em aberto... simplesmente deixou. Justamente no dia em que eu me dei conta, dia 06/09, e pensei: pagarei depois do feriado, haja visto que amanhã (07/09) nada vai funcionar, nem eu!

Aaaah, parece que eles adivinharam e resolveram cortar minha internet justo no feriado. O dia que eu tinha selecionado para fazer minhas pesquisas de projetos. ¬¬

Aí, o que há de se fazer?! Desisti de ler o tal Mattoso... e fui ver Gilmore Girls... estou a 4 episódios do fim da primeira temporada. \o/

Depois meu primo me chamou para ir à casa dele... beleza! Antes, eu me fiz o favor de encontrar o CD do Kenny G e colocá-lo para tocar. Sim, aquelas canções mega-melosas... ultraRRomânticas (e viva o novo acordo!). Daí... ideias mil me ocorreram... e veio pronta e lindamente um post... um poema... uma obra de arte à minha mente.

Tentei conectar, em vão, à internet. Tentei até pela internet discada... mas a conexão mal suportou abrir o Firefox... que dirá abrir um site!!!

Enfim, desisti de escrever. O poema está aqui... latente... pulsante... vivo. Mas vou deixá-lo preso mais alguns dias... ou amadurece ou apodrece!

Depois do feriado... vida que volta ao normal: faculdade, trabalho, estudo, cansaço.
Alguém tem que trabalhar nessa vida, né?! Mas por que eu, cara?! Será que alguém não pode me dar uma mesada só pra ler e disfrutar o ócio produtivo?!

Despeço-me... tenho outro blog para atualizar!!! (Sim, ao menos esse feriado eu consegui mais um blog para encher com as minhas loucas palavras... e em espanhol - rsrsrs)

¡Hasta la vista, gueys!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Apenas para constar.

Não gosto de deixar meu blog abandonado, acumulando poeira, entregue às moscas, como muito blogueiro de "araque" por aí. É sempre bom atualizar as coisas... ainda que não haja novidades para contar. =D

Bem, é feriado nacional e o povo emendou a segunda-feira (adoro pontos facultativos - pois as faculdades sempre facultam a facultabilidade desses pontos - acho que nem eu entendi o que quis dizer com isso. Mentira, entendi perfeitamente... eu domino meu sistema linguístico, tá?!)

Falando nisso aí, passei o dia de hoje estudando. Haja Bechara na minha mente. Imagina ter menos de um mês para ingerir e digerir toda a "Moderna Gramática Portuguesa". Imaginou?! Pois bem... fiz isso em 1 dia de estudo. Óbvio que não a li na íntegra... nem que eu quisesse muito conseguiria fazer nesse tempo. Peguei a essência de seu ponto de vista e ponto. Amanhã é outro "deus" da língua. E haja mão para dar conta de tantos apontamentos.

Enfim... não tenho nada mais a declarar. Só vim mesmo "marcar um dez", fazer uma social... sei lá... "dar as caras", "dar o ar da graça", "dar um oi"... chega de dar, né?! ¬¬

Voltarei agora a mais alguns episódios da 1ª temporada de Gilmore Girls... como eu amo essa série! *-*

Hasta pronto...
 

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dia de Professora Helena



Tenho que relatar a sensação de me despedir de uma turminha típica de Carrossel.

Pois bem... contarei desde o princípio:

No dia 27 de abril de 2010 comecei meu trabalho no CJP, dando aulas de espanhol para o 6º, 8º e 9º ano. A princípio foi algo complicado... pois nunca havia dado aula de espanhol em escola... estava acostumada à metodologia de cursos de idiomas. A complicação foi ainda maior por se tratar de uma substituição: eu era a professora substituta deles - a oficial havia entrado de licença maternidade.

Enfim... o 8º ano foi o mais arisco desde sempre. Eram poucos os que falavam comigo e que prestavam atenção à aula. Sentiam-se como adultos, mas comportavam-se como "niños". Sempre levei na boa e nunca me exaltei... não sou do tipo que distribui advertências ou expulsa de sala... nem que tira ponto. Acredito que o pior desse comportamento afeta a eles mesmos... apenas os aviso disso.

O 9º ano tinha seus momentos de bons alunos... mas também relaxavam de vez em quando. Mas isso nunca me afetou também. Sempre tive um bom papo com eles. Gosto deles... sim, de verdade. Cada um com seu jeito extravagante ou discretíssimo de ser.

O 6º ano - a turma Carrossel... todos ABSURDAMENTE levados.

Sim, eu tive um "Paulo Guerra" e uma "Marcelina" (mas na minha turma eles não eram irmãos). Tive a "Laura" (apesar de ela não ser gordinha). O "Davi" e o "Daniel" também faziam parte do meu grupo de alunos. O "Cirilo" - mais comédia... com certeza o "Jaime Palilo" estava lá (mas nem era gordo). O "Mário Ayala", a "Maria Joaquina", a "Carmen" e por aí vai - rsrsrs. Contudo, como toda boa "Professora Helena" eu tive que ter a minha aluna "Valéria". Seguramente, a que me marcou bastante.



Pois bem, no meu último dia lá (31/08/2010), eu os deixei mais livres, porém estava livres demais (a sala virou um pandemônio). Então resolvi pedir que escrevessem cartinhas pra mim, para que eu pudesse ter para sempre uma lembrança deles. Confesso que, em primeira instância, isso foi um recurso para fazê-los calar a boca. Mas isso me saiu mais prazeroso do que eu podia imaginar.
Todos escrevendo e de repente ouço um...:

- Tia (sim eles me chamam de "tia"), a Ana Flávia tá chorando!

Gente, a menina escrevia entre lágrimas soluçadas. Realmente, eu fiquei impressionada. Ao mesmo tempo consternada e feliz. Achei uma demonstração de carinho impressionante. Pois ela, no meu primeiro dia, foi a mais resistente a falar comigo... agia como se a outra professora fosse a melhor. Mas, com o passar do tempo, ela foi se aproximando de mim e parece que realmente começou a gostar de mim.

Ela não tem as melhores notas, nem é a aluna mais comportada. Sempre "briguei" com ela, exigindo melhor comportamento... e, ainda assim, ela viu em mim uma professora especial (conforme ela mesma escreveu na cartinha). Ah, faltou dizer que ela era LOUCA pelo meu perfume - acredito que isso foi um fator que a aproximou mais de mim... rsrsrsrs' (ela vivia querendo sentir meu cheiro - chegava a ser esquisito! hauahauhauahauahaua...).

Quando saí da sala (pelo menos tentei), ela não queria que  eu fosse... e voltou a chorar de uma maneira mais desesperada (e desesperadora). E falou que nunca ia me esquecer e que eu seria para sempre a sua professora de espanhol favorita. Achei isso muito lindo. Claro que ela terá outros professores... que também terão grande significado. Um dia ela até poderá me esquecer... ou apenas não lembrar mais de mim... mas tenho certeza de que, naquele momento, o choro e as palavras de carinho eram reais. 

Sinto-me plena! Sentimento de missão cumprida. Nunca tive uma TURMA assim... nunca precisei me despedir da MINHA turma. Mas sei que NUNCA esquecerei ESSA turma.

"Los quiero muchísimo"