sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Tenho medo

Ao contrário de muita gente, não tenho medo do escuro, de monstros, da solidão.
Tenho medo do que se mostra sempre bonito, do que está por perto, da imensa claridão.
Invento mil desculpas para não ficar nesse meio, não me deixar levar pelo que parece bom.
O que me aflige é a incerteza do que me parece certo, do que construo no silêncio da imaginação.
Tenho medo de não entender minha própria mente, de fomentar minha desilusão.
Aquieto-me para fugir da ansiedade pré-existente no ser, acalmo para não perder o tom.
Aprendi a afirmar meus sonhos, a estabelê-los em segurança.
Tenho medo de que o castelo que tenha feito seja areia nas mãos de uma criança.
  
 

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