quinta-feira, 8 de abril de 2010

Metáforas...

Chove

Em plena cidade Maravilhosa, já é outono. Dia nublado. Atmosfera carregada. Clima tenso.
Chove, molha, alaga, esfria.
No caos urbano tento me virar.
Em vão, luto contra as armadilhas que eu mesma arquitetei.
Tal como filhote sem abrigo, tento me esconder das fortes tempestades que tentam o meu barco virar.

Inundação! Enchente!

Estou a remar, mas parece que a terra inexiste. Quase como o dilúvio "de Noé", só se vê água para todos os lados, de todas as formas.
As nuvens, a neblina e a forte torrente de águas embaçam minha visão. Assolam-me. Pareço mover-me em círculos.
Quando, enfim, acredito haver encontrado meu porto seguro, a tão sonhada terra firme, mais uma tola cilada. Um "iceberg", talvez.

O que mais preciso é manter a fé de que a tempestade vai passar, que o sol chegará muito em breve para me iluminar e aquecer, que estarei segura num sólido firmamento, que minha visão não mais será turva.
Remando em direção a um novo horizonte, o qual desconheço. Rumo ao desconhecido. Direto para meu cais.

Por enquanto, só chove!
 

2 comentários:

  1. Mas uma coisa é certa: Não vai chover pra sempre.

    Qualquer dia desses a chuva cessa, os pássaros saem dos seus ninhos cantando, os jardins florescem com seu perfume inigualável...

    É só esperar... Como sempre... ;-)

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