quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Saquinho de Tédio.

Às vezes tenho a impressão de que sou consumista ao extremo. Tanto que comprei uma reserva de tédio para quando (des)necessário fosse senti-lo.
Capacidade tamanha a minha de importar o que não importa. Doar sempre aquilo que dói.
Tédio para os cansados, para os tristes, para os sem amigos.
Tédio para os que têm família, para os descansados, para os comunicativos.
Tédio para todos.
Campanha nacional: tenha você também o seu tédio.
É quase uma criação no fundo do quintal que finge ser uma empresa.
Vai um pouco aí?
Tédio para os que têm vida, para os que a buscam.
Um saco cheio de falta do que fazer ou de pura preguiça.
Quilos e quilos de desânimo.
Um litro e meio de sono.
E uma embalagem de tédio congelado (vai que acontece uma emergência).
Tédio... o que fundamenta sua rotina.
Rotinha. Tédio.
Vou comprar meu remédio.
Cura-se "tediocite aguda" - inflamação gravíssima das veias adrenalíticas.
Mas há de se convir que a vida sem tédio não tem a vida em si.
Com o perdão da redundância:
O que não tédio entediado está.
 

3 comentários:

  1. Já falei que estou fora desse negócio de tédio? Não? Então deixo aqui minha manifestação. =P

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  2. que fique claro q fiz isso aí a partir da ideia de binômio fantástico (aprendi na aula de gramática e literatura).
    Usei duas palavras q a Fernanda usou... a partir delas inventei um texto. Não é q dá certo isso, gente?!

    =D

    (vlw, Aytel)

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  3. Mas o texto é bom. E isso você já deve estar cansada de me ver falando. Você não faz texto ruim! Se você fizesse, no próximo eu diria "bem melhor do que seu último texto", mas...

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