Como doem os pensamentos
Ferem a fogo
Queimam lentamente
Latejam incansavelmente.
Sinto o pesar do pensar.
O pensar é pesar
Pesar aquele que não se pode pensar.
Penso tanto que chega a pesar.
“Penso, logo existo”?
Desisto!
O pensamento é bruto... é sutil.
Enganoso. Sofrido.
Como sofrem os sentimentos.
Na oscilação do sentir,
Penso!
E o pensar me dói.
Penso. Sinto.
E pesa. E dói.
Sinto o pensamento.
Penso o sentimento.
Inversão?
Pura ilusão.
Sinto mesmo é a dor do sentir.
Penso é nos mais densos pensamentos.
Quem disse que o pensamento se constrói?
A dor do pensar o destrói.
Na sucessão de pensares,
Um pensamento aniquila outro.
Quanto ao sentir?
Tenho diversos sentires que se contrapõem.
Sinto e “des-sinto”...
Volto a sentir.
Embora não consiga pensar no que sinto,
Sinto o que penso.
E o pensar dói.
Me dói, também, o sentir.
Tudo é dor.
Porque tudo é sentir e pensar.
Ambos me abrem caminhos distintos.
E a decisão é única.
Para se escolher um pensamento
Ignora-se um dos sentimentos.
Como dói pensar o sentir!
Fere sentir o pensar!
Dói! Lastimo...
Sinto. Penso.
Escolho. Volto atrás.
Ignoro!
(postado no 1º blog: http://queridodiario-thalita.zip.net/arch2009-12-06_2009-12-12.html)
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