terça-feira, 24 de novembro de 2009

O que sou? Isso lá é pergunta que se faça?!


Sou! Sou? Sou.

Sou o presente. O futuro.
Também sou uma caixinha de lembranças.
Pareço me alimentar de memórias
E faço delas minha esperança.

Limitar-me a meras palavras é um equívoco.
Não há léxico compatível à minha personalidade.
Sou comum...
Sou o avesso do esperado.

Sou o que estou sendo.
O instante.
Sou a racionalidade emocionada.
Sou a emoção pensante.

Saber o que se é
É duramente não se ser.
Repetidamente digo desconhecer-me.
Pois aí, sim, sou.

Sou o inseguro...
O absoluto.
Ora feliz...
Logo de luto.

Desconcertante e precisa.
A que faz rodeios,
Aquela que objetiva.

Impulsivamente incontrolável.
Nunca manipulável.
Quase sempre amável.
Todas as vezes intrigante.

(Thalita Fernandes Clemente – 24/11/2009)

   

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