segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Ilusão!


Há quem prefira ser iludido que viver à mercê da dura realidade.
Pior ainda: existem seres que iludem tão friamente a fim de massagear o ego.
A dor causada por uma ilusão pode gerar marcas tão profundas que, mesmo depois de anos, custam a cicatrizar... quem dirá desaparecer. Elas se tornam uma constante na vida do iludido e o atormenta, o deprime.

Quem disse que o se esquece se apaga de vez? Na verdade, o dito “esquecido” apenas está numa parte menos perceptível da lembrança. Contudo, a vida é uma montanha russa... num desses altos e baixos, o esquecido se desprende e volta a circular pela memória latente. E nos torna a lastimar.

Ilusão? Não pago na mesma moeda. Acho que até para o “ilusionista” é prejudicial. Ele pode se sentir bem, mas depois sente uma angústia (isso para aqueles que têm sentimentos), aflição. Na verdade isso se chama “crise de consciência”. Como eu sempre estou numa dessas, nunca me permito arranjar mais um motivo.

Há poetas que dizem que a vida é feita de ilusões. Não! Não me parece justo. Se fossem ilusões, o mundo não seria tão injusto. Vive-se da mais pura e sôfrega realidade. Aquela que nos dá raiva, nos faz tristes... que também nos permite sentir tão intensamente cada sentimento a ponto de causar efeitos psicossomáticos. Se fosse a tal Ilusão, não conseguiríamos sentir à flor da pele esse entorpecer trazido pela realidade.

Minha mãe sempre me diz para não brincar com o sentimento alheio, para não iludir... para não ME iludir. Mas... como saber? Será que estou iludindo? Estaria eu sendo iludida? Até quando terei de me iludir que não me iludo? Sim, a ilusão é cruel... pior ainda é sua irmã má, a DESilusão: sofrimento dez vezes maior!

Pedindo orientação às estrelas... rogando a confirmação do seu criador.
  
   

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